segunda-feira, 30 de março de 2015

Maratona de looks - Solfieri

Ando admirando o blog e pensando "não tenho colocado fotos dos meus looks a tempos!". O fato é que nem sempre tenho alguém para me fotografar - em geral é nos fins de semana - e a câmera de celular não foi feita para selfies sem um espelhão bem grande ou uma vareta de selfie (pau de selfie não!).
Aliado a isso, durante a semana saio muitas vezes atrasada e não lembro de fotografar o look, e quando lembro é de noite, estou toda desmontada e perde o charme. É uma pena, porque é durante a semana que uso looks mais corporativos, que são o mote do blog. Estou estudando como resolver isso.
Vendo a quantidade de looks que não postei, resolvi fazer uma maratona de looks! Só posts com a minha carinha de bolacha trakinas linda para seu deleite hehehe
Começando com...Solfieri!


Resolvi fazer prancha de fotos, mais fácil de visualizar hehehe

Esta saia, para quem acompanha o blog, já é familiar. É de poliviscose, da Posthaus, e é uma delícia de usar, mas tiraram do catálogo. A blusa branca veio depois de eu perceber que não tinha muitas. Isso porque não gosto de branco, mas estou aprendendo a ceder. Uma basicona da Riachuelo, que depois me fez ver o tamanho da comissão de frente (vergoinha).
Nos pés, uma sandália de dedo em um pé, sapatilha no pé com órtese. O calor me faz sofrer por causa do atrito, então só de sapatilha e meias 3/4 para enfrentar sem arrancar pele.
Bracelete é na verdade uma dupla de pulseiras que eu mesma fiz. Depois de um tempo, o tecido desfiou e tive de abandonar, mas vou adquiri outras quando achar um modelo que me agrade. A bolsa do laptop recebeu uma corrente prata bem grossa. Anel de ágata cinza, e relógio de gatinho (que esta semana acabou a pilha hehehe).

Anel comprado no Mercado Público de Porto Alegre, as pulseiras, a corrente

Ah, e claro, o meu querido Solfieri!

Não é lindo? 

Comprei numa feira na Praça da Alfandega, em Porto Alegre. Nestas feiras, no geral, tem várias coisas diferentes. Este era um conjunto de 3 pingentes: as duas partes do caixão e o próprio esqueleto. Mas achei desrespeitoso o coitado ficar pendurado, então fiz um forro de cola vermelha acetinada para ele. Ele curtiu bastante - não parece estar sorrindo?
Solfieri é o nome do primeiro personagem a contar suas memórias macabras em "Noite na Taverna", de Álvares de Azevedo. Para quem curte literatura gótica, este livro é obrigatório, foi uma das primeiras obras do gênero no Brasil. Solfieri se apaixona por uma moça que só viu uma vez, mas quando a revê ela está num jazigo, a ser enterrada no dia seguinte. Disposto a tudo, ele a sequestra (alguns o consideram necrófilo, mas não é bem por aí)! O final é surpreendente e acabou me marcando muito, por isso batizei o meu amigo acima com este nome. 
A literatura brasileira não tem muitas referências góticas, certo? Errado. Uma boa pesquisa mostra que na época imperial tivemos autores dispostos a tentar, copiando o gênero byroniano que vinha forte de Portugal, e as mesas espíritas, em moda naquele tempo, inspiravam contos e histórias. Muitas contadas por Machado de Assis tem conotação levemente gótica, falando de morte e sofrimento. José de Alencar até tentou, mas o folhetim romântico gerava mais audiência. Castro Alves tem vários poemas que lembram o gênero. Mas é preciso pesquisa e, sobretudo, disposição para enfrentar os desafios linguísticos impostos, uma vez que naquele tempo a linguagem era rebuscada mesmo.
Então, a próxima vez que for procurar um livro, tente "Noite na Taverna". Tem aqui, no domínio público, para baixar. Eu adoro este livro, e recomendo!
E que venham mais looks, e mais contos!
Até breve!

Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

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