sábado, 21 de março de 2015

Cyberpunk e seus filhos - steampunk, dieselpunk, e outros (parte 2)

Dias trás, publiquei um post sobre cybergoth e seus derivados. Hoje, vamos ver um deles, o Decopunk. 
Decopunk é um subconjunto recente do Dieselpunk, centrado em torno dos estilos de arte Art Deco e Streamline Moderne, e com base em todo o período compreendido entre os anos 1920 e 1950. Em uma entrevista em CoyoteCon, a autora steampunk Sara M. Harvey fez as distinções "... mais brilhante do que dieselpunk, mais como DecoPunk", e "Dieselpunk é uma versão corajosa de Steampunk definido entre as décadas de 1920 e 1950" - fonte
Eu, como boa palpiteira, digo que tem grandes diferenças. O Dieselpunk se inspira em uma estética mais militarista, pós guerra, rígida e bélica. O Decopunk é mais anos 20 e 30, mais luxuoso, com a mulher se emancipando e fazendo mais coisas consideradas masculinas, como aviação.
Reparem no conceito que estou montando aqui. Peguei no Google, marcando com palavras chave "dieselpunk":

Estética dieselpunk e estética decopunk (na minha concepção!). Fontes: 2

Embora ambos sejam irmãos, e no requisito "uso de diesel como alavanca de progresso" sejam similares, as duas culturas são diferentes. No Decopunk, as inovações foram voltadas a levar o homem onde nunca esteve: expedições exóticas, aviação, robôs, zeppelins, máquinas a serviço da humanidade, os anos 20 loucos de progresso e efervescência. No Dieselpunk, a tecnologia foi usada para a guerra, experimentos científicos para progresso bélico, os anos 40 e 50 se recuperando, enfrentando inimigos, buscando territórios. Penso que isso influencia e muito a estética.




Para as mulheres do Decopunk, vestidos tubulares, soltos e na altura do joelho, boca carmim em arco de cupido ou um coração, olhos bem marcados, cabelos chanel ou à la garçonne, chapéus - sobretudo o cloche. Sapatos com saltos carretel, bico arredondado, fivelas, laços, Mary Janes com tiras no tornozelo.
Se for pela vertente aventureira, encarando uma aviadora ou expedicionária, o traje é o mesmo da vida real - só se mudam os tecidos, para fazendas mais texturizadas e cores mais ousadas. Óculos, bolsas, relógios e outros acessórios seguem a estética anos 20 e art deco.


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Para os homens, ternos completos (paletó, calça e colete), chapéus fedora, coco ou boater, ou ternos "zoot", com ombros e pernas bem largos. Usar calça e camisa só de suspensório, como cantores de jazz, também vale. Bonés vintage, tipo "boné de golf" também aparecem. Sapatos bicolores ou envernizados, futuristas.
Vestir-se de aviador ou expedicionário também está valendo!

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Nesta cena do filme "O Máscara", temos Jim Carrey com o zoot suit. Reparem nos músicos, que estão de smoking, e após o "feitiço" passam a vestir zoot suits também, entrando no espírito da música eletrizante que Jim dança. Uma cena expressando a rebeldia da vestimenta.

Como ideia de look para ambiente corporativo, é bem difícil! O visual é glamouroso, então visualizei um evento de trabalho, como uma festa de fim de ano. Uma make em tons de roxo escuro complementa.

Elementos art deco, franjas e sapatos de toque retro. A meia com risca não é o auge da época, mas coloquei de propósito para quebrar o visual. 

A make anos 20 era olho marcado e boca de coração. Para não ficar pesado, optaria por tudo sem brilho, em tons matte. 

Gostou? Usaria o estilo art deco? Discorda das minhas ideias? Comenta, quero muito saber!
FONTES DO POST: AB, C, D, E, F, G, H, I.


Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

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