quinta-feira, 30 de abril de 2015

Parecer sobre coisas que não gostaria que tivessem acontecido

Terça, 11:00, Biblioteca pública em Curitiba.
“Pega Internet dos infernos, pega! Aeeee pegou, wifi grátis!!!! Acessar Face, que estou louca para ver o que saiu...deuso, tá com mais de 50 atualizações, o meu vídeo do projeto ficou péssimo, quero ver as opiniões!!! Vamos ver as das meninas primeiro...Já teve quem publicou aqui no grupo e...”

O meu pensamento silenciou. 

Ali, na tela, lia que, durante os 3 dias que fiquei fora da net, um dos grupos do Facebook que mais amava e participava, onde fiz amizades incríveis, onde todo mundo se curtia e ria, cheio de apoio e carinho, implodiu.

Fiquei muito triste. Chocada. Com raiva. Magoada.

A partir daí, abri o link de cada uma das participantes do projeto “Bizarro para você, alternativo para mim”, li com calma cada um,  e parti a ler o que foi decidido a respeito.

Entendo que existem regras. E elas existem para uniformizar as coisas. Não concordo com mudança de regras, salvo se tiver uma justificativa que seja discutida. Acaba criando saias justas e contratempos.

Maaaaas também sou a favor de conversar e resolver de forma honesta e calma. Ouvir a opinião de todos. Eu e muitas das participantes nem pudemos dar nossas opiniões sobre o caso. E isso me surpreendeu e machucou ainda mais. Todas que participaram deste projeto deveriam ter suas visões também compartilhadas. E convidar a se retirar por fazer mudanças, não foi a melhor saída, em meu ver. Poderia dar uma puxada de orelha daquelas, com carinho também, e seguir em frente. E isso não envolveu só uma pessoa, mas várias.

O que mais me chama a atenção neste caso foi a falta de carinho mútuo. Somos blogueiras? Somos. Somos de várias idades, regiões, culturas diferentes? Somos. Mas somos adultas, lindas, poderosas, e sobretudo, AMIGAS! Amizade de compartilhar pensamentos, visuais, medos e angústias! Um projeto não deveria nos afastar, deveria nos unir! Eu penso que, se quem errou (de ambos os lados) pedisse desculpas...continuaríamos amigas, creio mesmo nisso! Ainda muitas de nós somos amigas, mas aquela interação gostosa se perdeu, e na minha opinião, a toa! E não ter visto uma discussão dentro do grupo onde as explicações pudessem ser dadas, ah isso me incomodou muito. Já disse aqui uma vez: eu não entro em briga, mas se entrar sempre será por causa justa. Pretendo me manter amiga (de verdade) de todas as envolvidas. Caso elas não queiram, vou compreender  (se não comentei ainda, ou atualizei meu post, foi por falta de internet grátis a disposição, sorry!)

Não queria sair do grupo porque gosto dele, é um dos que mais interajo e me divirto. Mas não quero dar as costas a questão, porque também não aceitei bem o que foi decidido. E não foi só eu, percebi imediatamente. Muitas meninas que estavam de longe vendo as discussões ficaram sem ação, porque gostam destas pessoas e do que elas tem a oferecer. E pedir que tomem um partido pode ser muito cruel. Não vejo como, exceto por uma conversa franca de coração aberto, que estou tentando expor aqui. Injustiça é uma droga. É, e isso me choca e revolta. Mas o que mais me magoa, mais me entristece, é perdermos amizades e carinho por culpa disso.

Se for para perder amizades por causa de blog, prefiro dar fim nele. Eu gosto de todas que estão envolvidas, e me honraria muito continuar a ser amiga de todas. Amizade para mim é tudo neste mundo.

:(



 Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Uma poesia sobre amor

Fale-me sobre Amor
Fale sobre como o Amor é
Me conte histórias heroicas, de princesas e cavaleiros
De rosas e lençóis
De véus e grinaldas
De fraldas e mamadeiras
De tardes preguiçosas de outono
De risos de netos no quintal

Fale-me sobre dor
Fale como a dor se sente na pele
Me conte histórias doloridas, de mortes e magias
De anéis quebrados
De cartas rasgadas
De traições a beira mar
De ilusões não concluídas
De planos inacabados

Fale-me sobre esperança, por favor
Fale como a esperança floresce
Me conte histórias esperançosas e alegres
De pedidos de paz entre homens
De sorrisos perante o milagre
De amigos que se reencontram
De amores 50 anos depois
De lembranças felizes

Fale-me tudo isso
E depois disto tudo contado
Apenas me abrace forte e diga
Que apesar da dor
Ainda tens esperança no Amor.

Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

domingo, 26 de abril de 2015

Bizarro para você, normal para mim: As particularidades do mundo alternativo - projeto Blogueiras S/A

Projeto das Blogueiras S/A saindo do forno!
E desta vez, para nooooooooossa alegria, fiz em vídeo! Primeiro vídeo da cara de bolacha trakinas!!! hehehe
Só que a filmagem ficou ruim, ruim...me perdoem, tive de gravar direto ao Youtube e minha câmera não colaborou muito. Mas dá para compreender. Prometo suprir este defeito com outros vídeos em maior definição.
Bom, o projeto, intitulado "Bizarro para você, normal para mim: As particularidades do mundo alternativo" é um projeto longo, e bem inovador. 

Pensando em esclarecer as particularidades do mundo alternativo para os interessados, o grupo Blogueiras S/A apresenta o projeto "Bizarro pra você, normal para mim: As Particularidades do Mundo Alternativo" que consiste em abrir as portas do mundo alternativo para que as pessoas possam conhecer as diferenças e entender que apesar delas, somos todos seres humanos que merecem respeito. O projeto acontecerá em quatro capítulos divididos em vários temas que cercam o cenário alternativo. Cada participante mostrará a partir de sua visão um pouco do nosso mundo e do que nos torna diferentes.

Para mostrar para o mundo nossas particularidades esse projeto será baseado em Tags com 04 temas diferentes feitas mensalmente. As perguntas serão escolhidas por nós participantes a partir do que entendemos sobre cada um dos temas. E a escolha final para garantir coerência e harmonia entre as perguntas e o tema proposto pelo projeto será da Comissão Organizadora (Elen, Marcela, Mone e Gio) .

OS TEMAS SÃO: 
1.Moda ( estilo, vestuário, concepção, mercado e influências para concepção da imagem)
2.Comportamento (meio alternativo, comportamento pessoas neste meio, o que pensam sobre você fora do meio)
3.Estilo de vida ( filosofia de vida/ideais, religião, aceitação e preconceito)
4.Profissão / Mercado de Trabalho (imagem no trabalho, inserção no mercado, preconceito no trabalho, profissões liberais e conservadoras, escolha da carreira)


Então, sem mais delongas, o vídeo:





 Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

projeto Geração X Rock Blogs - Refletindo sobre o X

Primeiro projeto do Geração X Rock Blogs, e proposto pela Sana Insana! 

Um post-reflexão: Estamos no meio de 2 grandes gerações super ativas e que sacodem o mundo: os Boomers e os Millennials. 
A Gen X é também chamada de Geração Apática, considerados jovens sem identidade e com um futuro incerto, indefinido e hostil. Criados na frente da TV, pessimistas, cínicos, indiferentes, desesperançados... enfim, somos considerados muito zuados. Depressão, ansiedade, desordens alimentares são comuns nas pessoas da nossa geração.

A Víven deve lembrar da letra do Renato Russo: "Poderiamos mudar o mundo, quem roubou nossa coragem?". Acho que a frase representa bem a "desmotivação" típica da geração. Nossa dificuldade de levantar a bunda pra fazer alguma mudança forte... em linguagem vulgar: apertamos o phoda-se pra tudo e viramos as costas.
Então esse post seria algo como, se lembrar de como você era quando adolescente e se era mesmo uma pessoa apática (ou não!) e depois trazer isso pra atualidade: você ainda é apático? Mudou? Nunca foi apático? Seus amigos/colegas da mesma faixa etária tem apatia?


Ah a adolescência...época de levar muito tapa na cabeça! E nem sempre dos pais, dos professores, da diretoria! Às vezes, dos amigos. Outras, de você mesmo.
Pensei em muitos dias e noites sobre o que escrever neste post. Isso porque o assunto em questão é longo, detalhado e quero ser o mais sincera possível, o que vai levar muitas palavras. Não posso falar de uma geração e do que vivi sem falar de como foi a minha adolescência, como foi o convívio com outros e as minhas impressões.
O ano X da minha vida pós infância foi 1994. Dei meu primeiro beijo; tomei meu primeiro porre; mudei de cidade - passei a morar numa capital - e meus horizontes de criança se desmancharam. Eu não era mais uma moleca que subia em árvores, de saia e shorts por baixo, ouvindo as freiras gritarem. Não. Eu era uma moça com corpo formando, usando sutiã sob medida porque não achava do meu tamanho, e com estampa do Mickey, para não parecer adulta demais. Entrava na vida escolar sofrendo bullying: fala de caipira, corpo de moça usando roupas com ar de criança, sendo obediente aos pais, quando a ordem era fumar, beber e chocar. Ouvindo rock pela primeira vez, e querendo ser eu mesma. Mas quem eu era?
Alguns eventos desta época me marcam. O dia que fingi fugir de casa, só para deixar minha mãe doida de susto. O dia que ela pegou o maço de cigarros que alguém guardou na minha bolsa, ao voltar de um show (primeiro show de rock da minha vida!), mas depois descobriu que eu fumava (e da-lhe mijada!). O dia que briguei porque não queria me vestir mais como ela, queria ter minhas roupas, como as minhas amigas! O dia que falei "me deixe viver! Não quero só sobreviver!". O dia que quis me drogar, sabia onde tinha, mas achei aquilo estúpido demais e deixei de lado.
(Enquanto digito, choro).


Tive sorte de ter pais que, para a época, eram bem diferentes: meu pai era rigoroso, mas quando eu abria a boca e falava o que realmente se passava, ele confiava e me dava crédito. E minha mãe sempre me entendia, embora nem sempre aceitava. 
Passei uma adolescência pesada, por questões que, para proteger os envolvidos, não abro aqui. Só posso dizer que soube amadurecer, interiorizar e tentar aceitar o lado dos outros, sem julgar. Quando cheguei aos 17, as circunstâncias mudaram drasticamente: passei a morar sozinha, e aí me libertei de muitas ideias pré concebidas. Experimentei vidas, pessoas e atitudes improváveis. Foi um ensino difícil.
Se tentava mudar o mundo? O tempo todo! E levava cada uma! Eu defendia todo mundo no colégio que era desajustado, rejeitado, sem amigos, idealistas. Não entrava em briga física, mas se entrava pode acreditar que era por justiça! Me metia em todos os grupos, curtia punks e patricinhas, clubbers e rockers, hippies e grunges. E sempre fui assim. Se sofri? Muito! Ser rejeitado pelos pais e adultos era normal, esperado até. Sofrer rejeição dos amigos...aí era doloroso. Acho que aí entra a frase do Renato, citada acima. Quem roubou nossa coragem? No meu caso, penso que foi meus amigos! Por incrível que pareça! Manter a opinião quando você quer ser aceito pelos seus, ser amado pelos seus, numa época que a opinião de seus amigos vira um dogma...é tenso!
Influência de mídia era forte. Lembro de ver "Confissões de adolescente" e me identificar. Ali, falavam sobre como identificar suas personalidade. Aí assistia Malhação...e parece que faltava alguma coisa. Parecia que aprendíamos que lutar dava muito trabalho. Melhor era desistir. Eu era do meio: negociava. Comia pela beirada. Achava que, aos poucos, sairia da panela. Dois passos para frente, um para trás. Claro que, quando você é jovem, imediatista, isso pode dar conflitos sérios com quem está ao seu redor. "Conformista! Desistiu! Falsa! Lute contra o sistema!". Car***o, será que não posso fazer como eu quero?
O pior é que até hoje acontece destas. 
E foi neste contexto que comecei a tentar enxergar além. Mas isso falo em outro post.


 Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

terça-feira, 21 de abril de 2015

O lado negro que habita e sussurra

Há alguns anos, eu tinha um outro blog (aham, mas não era de cultura dark). E nele, escrevi, há muito tempo atrás, isso:

"Eu tenho uma Patrícia “lado negro”, digamos assim, dentro de minha psique. Ela é debochada. Irônica. Usa roupas rígidas, olha de canto de olho para você. Com seus lábios pintados de cor escura, um cigarro no canto da boca, ela faz você se sentir um imbecil. Ela te humilha, ela nem faz caso de você. Procura suas feridas e as rasga sem dó. Ela não sente nada. Ela está acima de você. E de mim. Ela é vulgar, sem moral nem escrúpulo. Rouba e engana, exige e não paga. Eu a olho com pena. Ela é tão carente de amor verdadeiro que se protege em couraças, fazendo de conta que sempre ganha. É realmente um espetáculo bizarro.
Ironicamente, meu pior inimigo mora dentro da minha mente, me torturando, me enchendo de culpa por não fazer meu trabalho corretamente, me acusando de fazer pouco caso, me exigindo perfeição, me acusando de ser uma vadia. Quando acordo ela ri dentro da minha alma, dizendo “E aí, vai trabalhar ou vai fingir que gosta de estar lá, com a bunda na cadeira, fingindo que vai ser alguma coisa na vida? Se acha esperta é? Fique em casa...”
Mas eu vou. A tortura continua. Ela me diz que está com fome e me tenta a comer algo caro, mas me joga na cara que não tenho dinheiro, porque a bolsa de estudos o governo não pagou, e quem escolheu esta vida miserável foi eu. Me fala da possibilidade de viajar, mas você não tem dinheiro! Me fala de receber um abraço de algum cara gentil e carinhoso, que te ama de verdade, mas há! Isso não existe sua trouxa! Eles só querem aquilo que sempre querem!
Fala aos meus ouvidos, sussurrando, que as pessoas só me suportam, e que todos têm pena de mim. Para que trabalhar nesta porcaria? Ela não te leva a nada. E você nem consegue fazer direito.
Aí mando ela calar a boca, e ela ri da minha cara."

Bom, eu olho esta descrição e penso o quanto me tornei esta mulher descrita acima.
A vida me lapidou, para o bom e para o ruim. Eu me mesclei e aceitei esta mulher. Eu não a deixo me dominar. Mas quando ela aflora, eu infelizmente permito.
Digo infelizmente porque vê-la em ação para mim é quase um crime, uma fraqueza. Minha natureza sempre foi doce, gentil, empática, e ela vem e destrói isso, com veneno e ácido suficientes. 
Minha Patrícia negra foi resultado de muita descrença e dor. Ela é fruto de patadas gratuitas, de decepções amargas, de ideias pré concebidas e não realizadas. Ela é resultado de arrependimentos que me torturam as noites e fazem fugir meu sorriso.
Mas as vezes, o que quero é ela. Ela no comando. Cortando com a língua afiada, rindo sem dó. Ela é um lado meu frágil, sedutor, espantoso pela beleza de um semblante rígido, traiçoeiro. E, nos últimos dias, só ela tem vindo deitar no meu travesseiro. Junto dela um sedutor, o medo.
O medo é aquele igual aquele amante de novela: bonito, bem vestido e com ares protetores. Ele nunca te acusa. nem exige, exceto que você se aninhe nos braços dele e deixe-o comandar sua vida. Ele alisa seus cabelos a noite, dizendo como você deve evitar procurar outro emprego, ter aquela D.R., mudar o visual, enfrentar a sociedade. Afinal, ele só quer te proteger.
Mas, como bom amante, ele é um canalha. O medo é pai de uns filhos perdidos por aí. Do medo de não ter o suficiente vem a Ganância; do medo de não ser aceita pelo seu visual vem a Vaidade; do medo de ser agredida vem a Ira; do medo de não ser amada vem a Luxúria. Tudo que o medo oferece te suga, lentamente.
Renato Russo disse "E o teu medo de ter medo de ter medo não faz da minha força confusão". Demorei a entender que medo é este; é receio de assumir que o medo está a nossa espreita. Dentro da gente, agarrado a outra face do meu ego, os dois rindo com escárnio.
E daí percebo que só há um caminho para os dois: ama-los e assumi-los, como parte de mim. Enfrentar o medo; pois ele é um estado de vida passageiro. E quanto a ela, a minha vulgar, dominar não é saída. É preciso conhece-la. E conviver.
Mas não está sendo fácil.


 Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

sábado, 18 de abril de 2015

Projeto Freak Movies - Blogueiras S/A


Lá vem projeto do grupo Blogueiras S/A!




A sétima arte é apreciada por muitos, mas nem todos entendem algumas peculiaridades retratadas no cinema. A Vívien Patrícia Garbin trouxe a ideia de falarmos sobre filmes com gente "contra a maré". A proposta é simples, cada participante irá propor um filme que tenha a temática ou personagens que não são bem vistos pela grande maioria, são considerados "esquisitos". Os filmes podem ser de qualquer década. Cada uma irá escolher um proposto por outra blogueira e fazer uma bela consideração/resenha sobre o filme. Com certeza iremos ter a oportunidade de assistir filmes novos e inusitados. 



Para mim caiu "Garota, Interrompida", e fiquei meio que petrificada. Este é um filme que me dói ver. Sério. Eu mesma, muitas vezes, me peguei olhando para anúncios de clínicas "de descanso", ou comunidades alternativas totalmente isoladas, e pensava "como seria ir a um lugar do mundo totalmente diferente do meu? Será que sou louca, por falar comigo mesma, por dançar sozinha na rua, por querer diferente? Ser[a que sou louca por me pegar querendo morrer, ás vezes?". E ver este filme me respondeu algumas coisas.

Em 1967, após uma sessão com um psicanalista que nunca havia visto antes, Susanna Kaysen (Winona Ryder) foi diagnosticada como vítima de "Ordem Incerta de Personalidade" - uma aflição com sintomas tão ambíguos que qualquer garota adolescente pode ser enquadrada. Enviada para um hospital psiquiátrico, ela conhece um novo mundo, repleteo de jovens garotas sedutoras e transtornadas. Entre elas está Lisa (Angelina Jolie), uma charmosa sociopata que organiza uma fuga.


Cartaz do filme com as duas estrelas, Winona e Angelina, que ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.


Acho que a primeira coisa que me machuca neste filme é quando o psiquiatra pergunta se ela tem noção do quanto as atitudes dela magoam as pessoas. 
O filme mostra, para mim, como a depressão era tratada mal nos anos 60, uma época de choques entre contestar e se deixar levar. E ser diferente era ser louco. Para quem já teve um contato tão íntimo com a morte, como eu, ela passa a ser uma inimiga, mas que é desejável quando o desespero vem, e toma suas mãos, e te empurra na direção de uma abismo. Mas o que acredito que este filme mostra é que nem sempre o abismo é nosso. Ele pode ser da sociedade. Ele pode ser nosso porque queremos depender dele. Ele pode ser de outro, e me agarro a ele como desculpa. Quando você enfrenta o abismo, você o domina. É algo tão profundo, que desafio alguém que pelo menos uma vez na vida não se sentiu assim.
As atuações de Angelina, Winona e Britney estão impecáveis, e a de Whoopi me leva aos soluços fácil fácil. Um filme doloroso, mas tocante e cheio de esperanças. Algumas vazias, outras nem tanto.

"Alguma vez você já confundiu um sonho com a vida real? Ou roubou algo que você tinha dinheiro para pagar? Alguma vez você já ficou triste? Ou pensou que o seu trem estava se movendo mesmo que ele estivesse parado? Talvez eu fosse louca mesmo. Talvez fossem os anos 60. Ou talvez eu fosse apenas uma garota, ...interrompida."
Introdução do filme, dita pela personagem Suzanna.

Veja os posts de quem mais participou (vou atualizando conforme forem publicados):
Femme Toilet
Creepy Beauty
Nighght
Vida de tinta

Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Maratona de looks - dos afazeres ao jantar

Dia corrido emendando afazeres com jantar. Uma roupa prática, que amassasse pouco e acessórios que pudesse levar na bolsa. Era a meta do dia.
Entretanto, errei feio na blusa, de algodão branco canelado. Usar decote nadador em ocasião formal não dá. Só cobrindo com guarda pó, o que me fez derreter. Ainda bem que levei desodorante e perfume (risos). Parece uma saia, mas estou de calça pantalona de algodão strech. Nos pés, sapatilhas pretas. A bolsa roxa com uma corrente era do tamanho de um dia agitado: cheias de bolsos para guardar make, lenços umedecidos (salvadores em dias quentes), perfume, carteira...
De dia não usei acessório algum. De noite, braceletes de renda preta combinando com gargantilha, e um anel grande. Make mais escura nos olhos (abençoados os lápis com esfumaçador!).  Apesar de confortável, a calça não estava caindo bem como antes, quando a comprei ano retrasado. Acho que encolheu (ou cresci para os lados, sei lá). O fato é que ela agora vai para o panteão de roupas que são confortáveis mas que vou usar...em casa! hehehehe

Frente

Anel e a pose emagrecedora

Órtese

A bolsa com a corrente. Ela tinha um chaveiro brega que tirei

Costas mostrando as tatuagens. Não façam isso em ambientes formais!!!

Os dois braceletes

E aí, curtiu? Comenta!

Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Maratona de looks - é dia de feira

Feira da Redenção em Porto Alegre. Lugar mágico, tem de tudo: vendedores de artigos usados, de roupas, de artesanato, orgânicos...Fora os músicos e artistas de rua, que competem os trocados e a atenção. Jazz, folk, rock, coexistindo a céu aberto, numa praça enorme.

Como o dia era de sol e quente, uma roupa fresca: regata de algodão e saia longa de musselina. Tudo bem fresco e descomplicado.

Prancha para mostrar a volta toda e a transparência da saia

Nos pés, usei sandálias gladiadoras de plástico. Como eu não consigo ficar quietinha com relação às coisas e adoro customizar, passei esmalte nos detalhes dourados dela (não gosto de dourado). No pescoço, um camafeu - eu que fiz! - a cruz egípcia e o meu amigo Solfieri, tudo junto. Vocês viram ele aqui. Óculos de sempre e um chapéu fedora para proteger do sol. Batom Vamp, da Avon, e lápis de olho marrom. E um bom filtro solar 50, sempre.


Os 3 juntos. Todos adoram o Solfieri, morro de ciumes dele!


Batom roxo que com o flash pareceu mais claro


Sandália da coleção Anitta para Grendene. Os detalhes vermelhos eram dourados e pintei com esmalte de unha comum.

Esta saia comprei para a formatura da minha mãe, é uma saia de musselina com forro, faz uns bons 10 anos. Ficou um bom tempo sem uso no armário, até que levei na costureira para encurtar o forro. Eu não admito peças no armário sem usar muito tempo. Vestidos de festa prefiro alugar que comprar. Por que ficar com algo ocupando o armário a toa? Fora a economia: paguei pelo serviço 10,00 reais e ganhei uma saia nova.
E você, também reforma roupas? Pinta calçados? Me conta!

Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

Maratona de looks - dia formal

Este é um visual que gosto de usar quando preciso de formalidade, mas preciso me movimentar sem dificuldades. Quando a ocasião é uma palestra, p.e. Preciso estar bem, mas não posso chamar mais a atenção pelo que visto do que pelo que digo. Por isso, uma base de cores discreta, sem erro: preto e branco.

Uma blusa preta básica. Sempre uso preto em eventos como este. Se você sua de nervoso, como eu, é recomendável usar preto - o suor não aparece e o tecido não fica manchado, te denunciando. A saia é um modelo lápis, com arabescos em preto sobre uma base branca. Ultra confortável e discreta, mas sem ser entediante. Você encontra ela aqui. Nos pés, usei sapatilhas pois o evento era diurno. Se fosse noturno, tentaria usar um sapato de ponta fina com um pequeno salto. Eu tive sorte que a minha órtese teve um solado antiderrapante de uns 3 cm, o que me permitiria usar um saltinho com ela (nas fotos estava sem, porque no calor cansa usar. Mas vou começar a postar fotos com ela novamente).


 Pose emagrecedora!


Detalhe da estampa. Adoro arabescos como estes. Lembro que o blog Black Baroque tinha no layout e eu amava olhar...Saudades, Érika!

Foto da saia para ver no detalhe o desenho


No pescoço, a mesma cruz do look anterior, e a cruz egípcia que adotei para usar sempre. Nas orelhas, um brinco mínimo de um lado e um ear cuff prateado no outro - do lado do cabelo raspado. Quem viveu o auge dos anos 90 deve lembrar dele. Eu adotei quando menina, era um prelúdio do piercing. Agora, como não posso mais fazer piercings (ordens do dermatologista, posso ter quelóides), mato minha vontade com ele. Ele é bem fácil de usar e não incomoda. De make, um lápis preto, batom uva (este) e base em mousse. O batom foi uma agradável surpresa: comprei pelo preço e agora não quero mais ficar sem ele. É muito confortável de passar, a cor tem um fundo meio azulado e tem um cheirinho gostoso. Dura razoavelmente. Só não sei dizer se não é testado em animais, pois eu pesquisei e perguntei, mas não obtive resposta confiável. Quando tiver, atualizo aqui.


No pescoço, a cruz egípcia


No peito, a cruz tradicional cristã


Meu ear cuff com a corrente


Na outra orelha, um pontinho.


Estas cruzes geraram uma série de histórias interessantes. Muitas pessoas não entendem como uso duas cruzes de religiões diferentes. Na verdade, o símbolo "cruz" é universal e presente em muitas culturas, como expliquei neste post. Meu professor de história no cursinho me contou que a crucificação foi adotada pelos romanos como uma afronta. A cruz egípcia (ou Ankh) era ser um símbolo sagrado, poderoso e místico, que representava a vida eterna, e a melhor forma de profaná-lo seria derramar sangue nele por algo pecaminoso. Assim, para os romanos, amarrar alguém morto a ela era ótima maneira de afrontar a religião egípcia. Não podemos esquecer que Egito e Roma se bateram em guerras diversas vezes. O hábito de crucifixar alguém como punição veio da Pérsia, e foi amplamente adotado por Roma. "Se um romano andasse em frente a uma igreja católica, teria verdadeiro pavor de ver um símbolo de tortura na ponta da torre" - disse um autor de livros cristãos.

Considerando que Jesus se escondeu no Egito, a cruz egípcia e a cristã significam vida eterna, e ambas coexistiram na mesma época, sinceramente não sei porque tanta polêmica ;)

Curtiu o look? Também gosta de usar acessórios polêmicos? Comente!

*este post é patrocinado


Carpe diem, carpe noctem, finis est initium.

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