Hoje, me peguei encostada na janela
Seu cigarro, aceso na penumbra, dizia que queria solidão.
A fumaça voava até mim, como uma magia de mil e uma noites,
mas para me levar ao inferno, não ao paraíso que sonhava.
Ouço aquela música que me faz lembrar
No ar, pétalas e folhas de um verão acabado
E me pego com medo de quem vejo no espelho,
que ela termine o que eu comecei.
Não quero pensar em você agora
Não quero te ver sorrindo
Porque tenho vontade de acalentá-lo em meus braços
e chamar-lhe de amor
Já disse Renato que ainda era cedo
Para mim está em uma alvorada
Onde ao invés de subir o Sol vem a Lua
que ao invés de me aquecer me congela
Tens ideia do que é abraçar-te a noite?
Sentir a névoa do teu perfume me envolvendo?
A voz que me chama dominando meus sentidos
Para depois sentir meu coração gritando Não?
Por que tenho esta sensação de que quem precisa de proteção é você?
Que é você que precisa que lhe enxuguem os cabelos?
Que é você que precisa de um bom suco e de um sorriso?
Que é você que quer ouvir Eu te Amo?
Odeio me ver no espelho, embalada na fumaça do seu cigarro, ao fundo meu coração chorando.
Fiquei sem palavras, amei seu texto *-*
ResponderExcluirMe remeteu ao meu relacionamento passado, que quando mais achei que era a carente, a que mais gostava na história, fui surpreendida ao ver que ela precisava mais de mim do que eu dela...
http://sobremeninasevodcas.blogspot.com.br/
Oi Verônica!
ExcluirTantos relacionamentos são assim, né? Hoje em dia, você vê muito submisso/dominante, mas quando o submisso sai desta forma de relacionar, o dominante fica quebrado.
Beijos e obrigada pela visita! Vou dar uma olhada nas suas poesias com carinho!